quarta-feira, agosto 19, 2009

Tipo de Letra

A minha ineficácia enche o espaço que se encontrava vazio. Encontro-me agora cheio de algo que não me interessa e que acaba por castrar a possibilidade de encher este espaço com coisas de importâncias duvidáveis. Acabo por me sujeitar e sorrir apesar de não me apetecer. Estou constantemente a ir contra mim próprio, atropelando vontades e subjugando valores e morais por mim estabelecidos. Por vezes não gosto disto e não quero chegar ao fim com arrependimentos e sentimentos de culpa própria ou pena de outrem.
Acabar, será sempre o fim que começou exactamente onde eu dei início àquilo que não consigo controlar.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Je T'aime moi non plus (diz ela)

Finalmente chegamos ao sítio onde me queriam levar. Encharcado, mas sem frio, apresso-me para a entrada, mas percebo logo que a facilidade não mora aqui. O barulho é incrível e o 'empurra-empurra' acaba por me levar ao sítio onde me encontro agora. Trazem-me cerveja e o jantar começa. Acompanham-nos três indivíduos, sendo que deles, dois já eu conhecia. Com o empilhar dos copos, os meus lábios começam a pensar por si só e os berros soltam-se, enquanto os meus braços e pernas entram em autogestão. Admito que a passagem de copos para baldes não ajudou e o colapso parecia eminente. Um Mercedes entra pela porta acompanhado de uma gata. Segue-se Cleópatra, uma bela chinesa de olhos rasgados, a gorda (existe sempre uma) e com elas......quem é? Hey hey, vem cá! Quem é ela? Conta-me tudo.....Ahhhh, já sei! É ela...já me tinhas falado dela e até fotos tinham sido partilhadas. Mas, mas como pode ser tão diferente? Aqueles lábios são desenhados? Não pode ser! Que é isto? Que cara é esta? O corpo não combina, mas...
-No interlúdio dos meus pensamentos o meu 'à vontade' acaba por desaparecer e os berros diminuem drasticamente. O espírito mantém-se, mas a minha atenção centra-se!-

Não me dirijo a ela, mas só porque não consigo! Diz? Estás louco? Alguma vez? Ela nem reparou em mim, ainda por cima não tenho nada para dizer e ela não quererá algo com uma pessoa com ténis laranja. Sinto uma vassoura a passar pelo meu pé esquerdo e ao olhar para baixo reparo na malha da perna dela. Uuuuuuu. A vassoura continua a passar e acaba por me dirigir para a porta. Tenho que sair. Continua a chover mas esta chuva já não me molha, que estranho, nem é preciso casaco. Um deles ficou para trás, mas não espero pois sei que as companhias são boas. Numa cidade sem rios nem mar, vou em direcção ao barco. A audácia de tal sítio em cidade tão seca é prenúncio de coisa má. Meu deus, quando dou por mim já não sou dono de mim e sigo a flutuar nas aguas dos seus olhos. Uns agarram-se à parede na esperança que alguém os vá buscar ou que pelo menos possam perceber que o deveriam ter feito. Nesta noite tudo esta a sair estranho. Salto, abraço e aconselho, mas esqueço-me do que deveria fazer, ter feito ou tentado fazer. Iniciativa. Bastava falar. A verdade é essa. Bastava aquela atenção e agora vais ter que viver com estas coisinhas que não fazes e te lixam o juízo todinho. Amanhã é festa e ela coloca-se de forma a que lhe conceda um adeus. Um adeus seco longínquo e frio. A frieza do desinteresse congelou as pessoas à nossa volta, vejo isso apesar de só ser para ela. O desinteresse e passividade mumificaram-me por completo. Passo as restantes horas na esperança de que este barco se afunde e que o sono me possa encontrar em breve. Descansar. Descansar e sonhar que toda esta história de amor foi forte, bem vivida e acima de tudo me fez muito feliz. Senti que ela acabou comigo, já não me amava e deixou-me ir.
Uma relação construída em palitos de restaurante, bancos altos e chão de cerveja que prematuramente encontra o seu próprio fim numa noite chuvosa e distante. Assim foi, mas por momentos.....acreditei nela.

Expresso

Ontem actuei. Nervoso na barriga por ter que ler, enveredar por um caminho que não o meu.
Fiz de outra pessoa, é isso!

Fui para o passado, ser outra pessoa noutro tempo. Encontro-me no tempo da guerra, rodeado de ilustres desconhecidos. Com perguntas ácidas e directas que por vezes nem sei porque as faço, divirto-me a descobrir quem são, para onde vão e o que as trouxe ali. Conheço personagens incriveis (umas mais que outras)! Tantas histórias, tanta fome de descobrir quem eramos e o que fizeramos anteriormente. Janto na companhia de desconhecidos e acabo a noite com 11 amigos novos. Ou pelo menos a proximidade e cumplicicdade assim o faz parecer.

Deitei-me tarde.
Por favor, só tenho que agradecer! Obrigado, adorei

sábado, dezembro 06, 2008

alívio

este é um local de alívio.
eu é que andava esquecido.


"não tem coragem, manda mensagem"
Pedro Xavier 

domingo, novembro 30, 2008

:)

Não te deixes enganar nem te enganes: o mundo é só um. E tal é a vida.
e a filha da puta da dona que côr é que tem?

qualquer dia

mais vale amanhã que hoje

bahhhh! que falta de amor próprio. que aborrecido.

se eu te pedisse para seres minha, para vires comigo dizias que não.
e por isso não peço.

passado

o presente sem perfume tinha muito mais futuro
para as foder estou cá eu!
(para as trazer para a cama é que estou fodido)

sobras

são cobras as miúdas de lisboa!
que até em madrid se esquivam

quinta-feira, novembro 20, 2008

lots of money

oh my honey

i have lots of money

what am i gonna do?

vai pó estrangeiro e mete os euros no cú!



YEAHHHH!!!!!!

domingo, maio 18, 2008

Tempo numa mala vazia.

O projecto que nunca se realizou pareceu ficar para trás. Um grupo de pessoas organiza a sua vida à volta disto, apesar de nada ter passado de um projecto. Continuo na expectativa de que tal evento tome lugar. A viagem mais longa, o desafio mais louco. Um projecto de tal pretensiosismo que deixará todos impressionados.

sábado, março 22, 2008

Find a city

Apoquenta-me toda esta chatice a que eu me deixo levar. Dou-me ao trabalhão de tentar perceber os pontos de interesse de outra pessoa. É uma chatice. Mas que chatice. Que chato. Não tenho paciência. Não me dou ao trabalho. Não vale a pena. Estou tão bem sem me chatear com as minhas reacções disposições e 'amuses'. Fico em pânico, mas tudo se resolve quando encontro uma cidade para morar. AIIAIAIAIAIIIII. Eu vou encontrar, eu quero, eu vou, cidade, viver, encontra cidade viver encontrar uma cidade para eu viver. O sol ela brilha no céu. Fico vidrado com a facilidade com que o écran fica pendente no alumínio. Chegaram ao Brasil porque a madeira bóia. Quão difícil pode ser. O bolero é novo e a dança do tango é rock corpo a corpo. Bem, eu tentei. Eu tentei mas não consegui encontrar o caminho, o meu caminho. A única coisa que fiz, se olhar para trás, foi evitar os percalços calços calços. Atiram o homem ao rio. Desrespeito. Mau. Mau estranho e selvagem o mundo onde os conquistadores que não acreditam no arquitecto que não está lá sabendo que não saberia porque as pessoas saberão que será vendido o último a ser enviado. Abelhas que não picam, e amigos que não existem criam a solidão de um crocodilo. Se fores um vermelho não podes ter um submarino nas flores do espaço mau onde o verde com tempestade se governa. Não sei como tudo isto começou. Uma coroa que não vai voltar pelo caminho do meio. No meio. O meio. Ao meio. Não sei como foste tão longe. Quando este vento entra pelo meu casaco congela os meus ossos, mas nada se compara com o teu coração de gelo!