Sai um para a mesa do canto
Numa lixeira tropical conheci o Fernando. Foi exactamente numa noite como esta. Gostei de tal forma dele que o matei. Não tinha um bulldozer por perto por isso alguém o empurrou até perto de um precipício. Eu fiquei simplesmente a ver o Fernando a cair a uma velocidade catastrófia até que finalmente bateu no Céu, com tal violência que o seu corpo se desfez em pequenas nuvens. Ai a dor, a dor. Existe tanta dor. Ai que tragédia e tristeza. E toda essa dor só serve um propósito, para ver se ela na realdidade sente alguma coisa. Na realidade sente algo...dor! E alguém me julgou pela morte do Fernando? Não me julgam pela sua morte. Não o fazem porque não existe patrão ou ninguém acima de mim, não existem regras que me mandem a baixo. Nenhum homem. Nem um. Todos acabam por cair, mas eu não. Nunca me irei dissolver. Não sinto amor nem nada que se pareça com ódio por isso sou livre. Apenas me sinto poderoso. Ai, estas sessões decadentes de observação dos que estão próximos. Os julgamentos imediatos e a galhofa que temos à conta de outrem. É tão bom. Adoro ver as fragilidades e explora-las até que lhes doam os tornozelos. Basicamente até que me doa a barriga.
HIP HIP... Decadência
1 Comments:
rir, rir e rir sem cuidado nenhum. expirar. e rir e rir e rir. ah
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